Impasse nas negociações
Os pilotos da Air France protestam contra a estratégia do grupo de reduzir seus custos por meio de investimentos na marca de baixo custo do grupo, a Transavia. O projeto da empresa low costprevê centros operacionais em outros países da Europa, onde as regras salariais e de carga horária de trabalho são mais flexíveis, o que significa salários mais baixos e menos benefícios sociais.
Segundo o jornal francês Le Monde, os pilotos da Air France voam, em média, 20% a 25% menos que seus colegas da Lufthansa e da British Airways e ainda menos em relação aos pilotos da Easyjet e da Ryanair, duas companhias aéreas de baixo custo. Além disso, lembra Le Monde, o salário bruto anual de um piloto da Air France oscila entre € 75 mil e € 250 mil, ou seja, entre R$ 220 mil e R$ 750 mil.
A direção da Air France afirma ter feito várias contrapropostas aos pilotos para encerrar a greve. Todas teriam sido recusadas, segundo o presidente da companhia, Alexandre de Juniac. Os pilotos exigem um contrato único para pilotos de todas as companhias aéreas do grupo.
Ontem, o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, criticou a greve dos pilotos. Para o premiê, a paralisação prolongada do tráfego aéreo prejudica a Air France e a atratividade do país.
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